Foto: Amannda Oliveira
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, nesta quinta-feira (17), um projeto de lei que institui o 1º de agosto como Dia Nacional do Maracatu, manifestação cultural popular tradicional de Pernambuco .
A proposição é de autoria da então deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), atual vice-governadora de Pernambuco. Ela escolheu a data para coincidir com a comemoração do Dia do Maracatu, instituído por Pernambuco em 1997, ano da morte do mestre Luís de França, que comandou por 40 anos o Maracatu Leão Coroado, grupo que tem 157 anos de existência. A data de nascimento de Luís de França, 1º de agosto, foi escolhida para a celebração da data.
O relator e senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou parecer favorável ao texto destacando a história do maracatu, relatando que ele surgiu no período da escravatura, aproximadamente entre os séculos 17 e 18, como uma mistura de culturas africanas, ameríndias e europeias.
“O nascedouro da manifestação compreende a região hoje abarcada pelo estado de Pernambuco, especialmente as cidades de Recife, Olinda e Igarassu que, à época, incluíam também os municípios de Itapissuma, Abreu e Lima e Itamaracá”, disse o relator.
Caracterizado pelo tambor de alfaia, o maracatu inclui dança, instrumentos e vestimentas típicos e sincretismo religioso. Pode ser dividido em dois grandes grupos: o maracatu nação (ou do baque-virado) e o maracatu rural ou do baque-solto (também chamado de maracatu de orquestra, maracatu de trombone e maracatu de baque singelo). Ambos estão inscritos como bens culturais imateriais no Livro de Registro das Formas de Expressão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Amannda Oliveira
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