Acreditando que a música ancestral é um elemento de união e de fortalecimento da cultura negra no Brasil, a jornalista, produtora cultural e idealizadora do projeto “A Sagrada Cultura Popular”, Christiane Rocha, intermediará nesta terça-feira (22), a partir das 20 horas, ao vivo pelo Canal da Ponte no YouTube, “Um diálogo musical, social e intelectual” com mestre(as)s e integrantes de grupos atuantes na Cultura Popular dos estados do Maranhão, da Bahia e de Pernambuco que expressam o sagrado das tradições afro-brasileiras no palco e desenvolvem um trabalho de salvaguarda das diferentes expressões culturais que deram origem a brasilidade e a cultura nacional.
O encontro virtual terá como convidados as Caixeiras do Divino Espírito Santo da Família Menezes (MA), o Maestro Ubiratan Marques(BA), integrantes dos Grupos Bongar e Orí (PE) e ainda vai contar com uma participação especial do mestre Sapopemba, de Alagoas.
Esta ação tem como objetivo fazer o espectador refletir sobre a importância das raízes ancestrais afro-brasileiras na construção da identidade cultural e como mantê-las vivas nos dias atuais, além de valorizar a história de vida dos mestres, e de registrar na visão de cada um deles o porquê da cultura popular ser sagrada.“É uma vida dedicada à cultura de tradição. É um modo de vida recheado de muita fé, religiosidade, música, ritmos, cores, sons e sabores repassados pelos pais, avós, tios e ancestrais. É uma oportunidade única de ter acesso a uma parte da história do Brasil que muitos não conhecem”, conta Rocha.
“Esta mistura de culturas regionais vai aproximar as pessoas e pode romper muitas barreiras e preconceitos”, acredita Chris Rocha. Segundo ela, “o encontro será surpreendente e cheio de ensinamentos porque os participantes são exemplos de vida, resistência e existência. É um sonho para qualquer amante da cultura popular e para todas as pessoas que estão em busca de conhecer suas raízes ancestrais”, finaliza a idealizadora do projeto.
A Sagrada Cultura Popular: Um diálogo musical, social e intelectual é uma realização da Agbê Produções Culturais por meio da LAB II de Olinda, Prefeitura de Olinda, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. Tem o apoio da Casa da Ponte, Orquestra Afrosinfônica, Tambores Zé Benedito e Igarapé Produções.
Serviço:
Live: A Sagrada Cultura Popular: “Um diálogo musical, social e intelectual”
Quando: terça-feira, dia 22 de fevereiro
Horário: 20h, ao vivo
Transmissão: canal Tv da Ponte do youtube
Link de transmissão: A Sagrada Cultura Popular: um diálogo musical, social
Fotos Divulgação.
Sobre os convidados
- As Caixeiras do Divino Espírito Santo da Família Menezes - Dindinha, Dona Zezé, Graça e Bartira. Mulheres que carregam a ancestralidade no sangue (irmãs e sobrinha do Babalorixá Pai Euclides da Casa Fanti-Ashati). São guardiãs de tradições maranhenses como a Festa do Divino Espírito Santo.
- Orquestra Afrosinfônica - representada pelo Maestro Ubiratan Marques. A Orquestra Afrosinfônica, indicada ao Grammy Latino 2021 pelo álbum Orin - A língua dos Anjos, completa 13 anos de estrada, formada por 23 músicos, incluindo coro feminino com 4 vozes.
- Grupo Bongar e do Grupo Orí - são músicos, percussionistas, pesquisadores das raízes ancestrais das nações de tradição africana, indígena e afro-brasileira. Carregam consigo uma enorme bagagem de participações em festivais nacionais e internacionais de música por integrarem grupos de cultura popular de maracatu, afoxé, samba e coco como o Bongar e o grupo Orí.
- Sapopemba, percussionista, cantor, caminhoneiro e taxista e fez parte de folguedos em Alagoas. É um grande pesquisador da cultura popular afro-brasileira, tendo um profundo conhecimento de tradições do coco beradeiro, Candomblé das nações Ketu e Angola e samba de roda.
Sobre Chris Rocha/Agbê Produções Culturais
Christiane Rocha é jornalista e produtora cultural. Atualmente é empreendedora da Agbê Produções Culturais e presta consultoria em comunicação e estratégias de estruturação de projetos culturais em SP, BA e PE. É colaboradora da Casa da Ponte/BA, ong localizada no coração do Pelourinho e sede da Afrosinfônica (BA). Produtora do grupo ORI/PE, ogãs, músicos de cultura afro e de Marco Mattoli/SP, músico e compositor, presidente do Clube do Balanço. É brincante e pesquisadora de campo das tradições da Cultura Popular e de religiões de matriz africana.
É idealizadora de festivais socioculturais que visam fomentar e fortalecer a cultura popular afro-brasileira como Festival Iyá Orí Yemanjá, realizado em dezembro de 2020 em Pernambuco e produziu o show da cantora Adriana Calcanhotto em Londres, Inglaterra, na exposição do fotógrafo Sebastião Salgado (nov/2021).
Tem 17 anos de experiência nos setores de comunicação, produção, assessoria empresarial, pessoal e imprensa. É certificada em Negócios do Entretenimento (2020) pela Faculdade Franklin Covey Education e é poetisa nas horas vagas.
Sobre A SAGRADA CULTURA POPULAR
O projeto “A Sagrada Cultura Popular” é um festival de música que reúne shows e atividades complementares como roda de conversa, palestras e oficinas culturais visando a dissipação da informação, vivências e relatos dos mestres e de integrantes de grupos culturais voltado para o público em geral e também para educadores, auxiliando assim o cumprimento das leis 10.639/03 e 11.645/08 que garantem o ensino afro-indígena nas escolas.
Visa valorizar os mestres(as) da cultura popular brasileira, principalmente a nordestina, através das trocas e intercâmbios de saberes de personagens que vivenciam diariamente o sagrado e também as manifestações artísticas e brincadeiras populares dos estados da Bahia, Pernambuco e Maranhão, e que carregam na sua arte as tradições fundamentadas na ancestralidade.
Tem como objetivos tornar a musicalidade afro-brasileira a base de uma ampla discussão multidisciplinar ressaltando a importância das tradições ancestrais africanas na identidade cultural brasileira, por meio dos ritmos, culinária, idioma, canto, cores e costumes. Fortalecer e reconhecer as tradições afro-brasileiras como a oralidade, o modo de vida e os valores dos que vivem diariamente a cultura ancestral. E legitimar argumentos reais para o combate ao preconceito, à intolerância religiosa e ao racismo, além de ressaltar a importância de manter as tradições afro que influenciam até hoje a identidade cultural do Brasil.
Informações: Agbê Produções Culturais
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