O presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos, enviou, por email, nesta segunda-feira (5), ofício à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pernambuco. No documento, solicita que o Espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém seja registrado como Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil. O ofício foi endereçado à superintendente do Iphan em Pernambuco, Renata Borba.
No documento, o presidente da Fundaj afirma que “a riqueza do espetáculo, como arte cênica, justifica, plenamente, o pedido que ora fazemos, no momento mais agônico e desafiador de sua história, o espetáculo paralisado por conta da pandemia que se espalhou no mundo inteiro”. O pedido tem como inspiração as políticas públicas do Iphan voltadas para a manutenção dos patrimônios imateriais e difusão de cultura pelo Brasil.
"Em conversa com Robinho Pacheco, na última sexta-feira, desejei a ele, a seus familiares e aos que fazem a sociedade teatral votos de amizade. Informei que estou empenhado em contribuir para a manutenção do espetáculo", afirmou Antônio Campos.
Também na última sexta, o presidente da Fundaj buscou apoio do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, que já estava vendo como apoiar, tendo colocado uma equipe técnica para estudar a melhor forma de apoiar o espetáculo. "Trata-se de um patrimônio do Brasil, tem que ser mantido ", reforça Campos.
Pelo segundo ano consecutivo o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, foi cancelado devido à pandemia. Realizado há 53 anos em Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco, o espetáculo emprega mais de 500 atores. Já atraiu mais de 4 milhões de espectadores, muitos deles turistas de outros estados e do exterior. É o maior teatro ao ar livre do Mundo.
Informações: Fundaj
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