Foto: Miva Filho
Todo mês de novembro, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) realiza a Semana Estadual de Combate à Tuberculose. A mobilização segue até a próxima sexta-feira (29.11). Com o mote "Tuberculose: informação e tratamento curam", o objetivo é conscientizar os trabalhadores da linha de frente dos cuidados sobre a importância de três fatores essenciais: detecção precoce, tratamento correto e acompanhamento adequado dos pacientes diagnosticados com a doença infectocontagiosa de alta transmissibilidade que afeta, principalmente, os pulmões. Para 2019, o Programa Estadual de Controle da Tuberculose, em parceria com a Superintendência de Comunicação da pasta, elaborou um projeto especial para as redes sociais. Em vídeo, ex-pacientes compartilharam suas experiências de superação e profissionais da saúde listaram os esforços no combate à doença. A campanha pode ser conferida no instagram oficial da SES (@saude_pe). O vídeo também pode ser visualizado no YouTube: https://youtu.be/ TE2qQY587cs.
Em 2018, Pernambuco notificou 5.026 casos da doença. Já no ano de 2017, foram 4.968 casos de tuberculose no Estado. Em relação ao número de óbitos, foram 382 mortes por complicações da doença em 2018 e 439 óbitos no ano retrasado. "Os números reforçam a relevância do acesso à informação qualificada sobre a doença, assim como a importância do fortalecimento do vínculo entre profissionais de saúde e o paciente. Esses dois fatores são essenciais para a cura da tuberculose", ressalta o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Além do monitoramento constante das ocorrências e capacitações em unidades de saúde, a SES auxilia os municípios, quando necessário, prestando assessoramento técnico às gestões. “Vale destacar que, além de prestar apoio técnico e monitorar os indicadores epidemiológicos da doença em todo os municípios, o Estado promove formações continuadas em saúde com o intuito de capacitar os profissionais envolvidos na vigilância e atenção à saúde", pontua a coordenadora do Programa, Cândida Ribeiro.
A SES-PE tem reforçado com os municípios a importância de aderir à mobilização, com intensificação das ações de controle da doença em seus territórios e serviços de saúde e realização de atividades educativas. "Recomendamos que sejam priorizadas ao público considerado mais vulnerável, como a população privada de liberdade, em situação de rua e pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). É essencial o empenho dos gestores municipais, coordenadores e técnicos dos programas, assim como profissionais da assistência psicossocial e outros possíveis parceiros na luta contra à tuberculose", ressalta a gestora.
A DOENÇA: A tuberculose é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Ela afeta, principalmente, os pulmões e é transmitida por vias aéreas, pela fala, tosse ou espirro da pessoa com a doença ativa no organismo. Tosse por mais de três semanas, que pode ser acompanhada por febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga, pode ser um indicativo da enfermidade. O diagnóstico é feito nos postos de saúde por meio de exames bacteriológicos, principalmente a baciloscopia, conhecida como exame do escarro.
Diagnóstico concluído, o próprio posto de saúde passa a disponibilizar, gratuitamente, as medicações que formam o esquema básico. Esse tratamento dura, no mínimo, seis meses. “Seguindo corretamente as orientações da equipe de saúde, o paciente pode deixar de transmitir a doença com 15 dias”, reforça Cândida Ribeiro.
PREVENÇÃO: A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no SUS (nas unidades básicas de saúde e maternidades). Essa vacina protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea, e deve ser dada ao nascer, ou, no máximo, antes de completarem 5 anos de idade (até 04 anos, 11 meses e 29 dias).
Outra maneira de prevenir a doença é a avaliação de contatos de pessoas com tuberculose, que permite identificar a infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis. Isso possibilita prevenir o desenvolvimento de tuberculose ativa. Em outras situações específicas, pessoas que são diagnosticadas com a infecção latente da tuberculose também têm indicação de receber tratamento para prevenir o adoecimento. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde para avaliação.
DADOS – PE
CASOS DE TUBERCULOSE
2015 – 4.599
2016 – 4.577
2017 - 4.968
2018 - 5.026
ÓBITOS – TUBERCULOSE
2015 - 423
2016 - 398
2017 - 439
2018 - 382
ASCOM
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