Foto: Reprodução/Site da Osid/Arquivo
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, é a partir deste domingo, Irmã Santa Dulce dos Pobres. É assim que a primeira santa brasileira será chamada após a cerimônia de canonização na manhã deste domingo (13), na Praça de São Pedro, no Vaticano.
A santa, conhecida popularmente como Anjo Bom da Bahia, foi uma das religiosas mais populares do Brasil graças ao trabalho social prestado aos mais pobres e necessitados, principalmente na Bahia.
Na homilia da missa de canonização, o Papa Francisco afirmou que as pessoas que se dedicam ao serviço dos mais pobres na vida religiosa fizeram "um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo".
A Irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador. Perdeu a mãe aos 7 anos e aos 13 anos, acolhia mendigos e doentes na casa onde morava com o pai e os irmãos, no bairro de Nazaré, na capital baiana.A vida religiosa começou aos 18 anos, quando, após se formar como professora primária, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Se tornou freira aos 19 anos e adotou o nome de Irmã Dulce em homenagem à mãe, que se chamava Dulce Maria; naquele mesmo mês, ela viveu 6 meses em São Cristóvão (SE) e depois voltou para Salvador.
No ano de 1935, iniciou a assistência à comunidade carente, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que foi formado no bairro de Itapagipe, na capital baiana. Em 1939, Irmã Dulce invadiu cinco casas, em um local de Salvador conhecido como Ilha dos Ratos. Nos imóveis, ela acolhia enfermos e desabrigados. Ainda na década de 30, ajudou operários do bairro de Itapagipe, em Salvador, a formarem a União Operária São Francisco. Logo depois, juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup, fundou o Círculo Operário da Bahia.
Junto aos trabalhadores, ela inaugurou um colégio para os filhos dos operários e ainda ajudou a fundar os cinemas Plataforma e São Caetano, além do Cine Teatro Roma; a renda obtida nos cinemas contribuía para a manutenção do Círculo Operário.
Na década de 60 transformou um galinheiro do Convento de Santo Antônio em albergue. Mais tarde, o lugar deu origem ao Hospital Santo Antônio, no Largo de Roma, em Salvador, e as Obras Sociais que levam o nome dela. Faleceu em 13 de março de 1992, em Salvador na Bahia. Em 2011, foi nomeada beata.
Em agosto, artistas baianos como Ivete Sangalo e Saulo gravaram a música A Bahia Canta sua Santa uma composição de Durval Lelys e Alexandre Peixe para homenagear a Santa da Bahia que tanto fez pelos pobres.
Informações: G1 / Amannda Oliveira
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