O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e Fundarpe, lançou, nesta quinta-feira (22), o 2º Prêmio Roberto de França (Pernalonga) de Teatro. O lançamento foi realizado durante a programação da I Mostra Pernalonga de Teatro, que ocupa o Teatro Arraial Ariano Suassuna até a próxima terça-feira (27), e recebeu na sua abertura o ator premiado Sérgio Mamberti para uma conferência. .
As inscrições para a segunda edição do Prêmio Roberto de França (Pernalonga) de Teatro poderão ser feitas de 2 de setembro a 1 de outubro deste ano. Poderão se inscrever os proponentes inscritos na plataforma e cujas propostas tenham estreado em Pernambuco até 2017. O valor total da premiação é de R$ 90 mil.
Mostra Pernalonga – Participaram da solenidade de abertura da I Mostra Pernalonga de Teatro a irmã de Pernalonga, Rosângela Lira; o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto; Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco; e o ator Sérgio Mamberti, convidado para a solenidade para falar sobre sua experiência na gestão cultural e na arte.
“Um grande diferencial para o valor desse prêmio são os critérios de seleção. eles abrangem, para além da iniciativa ou criação teatral, sua conexão com a realidade e com a obra de Pernalonga”, ressaltou José Neto, coordenador de Teatro e Ópera da Secult-PE e curador da Mostra, antes da entrega dos troféus aos vencedores da primeira edição da premiação.
Na categoria Espetáculo para Infância e Juventude, o vencedor foi o espetáculo Chico e Flor Contra os Monstros na Ilha do Fogo, da Cia Biruta de Teatro, de Petrolina. Na categoria Espetáculo Solo, venceu Soledad, a terra é fogo sob nossos pés, do Grupo Cria do Palco Recife. Na categoria Iniciativa Coletiva, o prêmio maior fica com o Festival de Teatro do Agreste – Teatro Experimental de Arte (Feteag), de Caruaru. E na categoria Iniciativa Individual, a premiada é Odília Nunes, do projeto No Meu Terreiro Tem Arte, do município de Ingazeira.
Para Rosângela Lira, irmã de Pernalonga, indiretamente a solenidade representava uma comemoração aos 60 anos de vida do artista nascido no dia 8 de agosto de 1959. “Todos os anos nós íamos pra sua casa e fazíamos uma festa, ele ficava muito feliz com a presença da família. Eu agradeço ao teatro porque foi uma coisa que revolucionou a vida dele”, celebrou.
Vencedora com o projeto No Meu Terreiro Tem Arte, a produtora Odila Nunes, de Ingazeira, falou da alegria de estar recebendo um prêmio a nível estadual. “Que a gente possa pensar mais na interiorização da cultura, e que essas ações consigam adentrar cada vez mais o estado”. Ela também lembrou que na próxima segunda-feira (26) haverá uma sessão da Mostra em Ingazeira.
Segundo Gilberto Freyre Neto, há um desafio muito grande por parte da gestão pública na execução de políticas como o Prêmio Pernalonga. “Mas ao mesmo tempo uma vontade de fazer dar certo enorme. Um momento como esse é um momento de reflexão e de projeção do futuro. Pernalonga representa no imaginário de todos o que há de mais importante naquilo que a gente entende como a cultura das artes cênicas”, destacou o secretário.
Marcelo Canuto reforçou como o Pernalonga era uma pessoa libertária e como isso estava representado nos vencedores do prêmio. “Nesse momento que a gente vive, de cerceamento da cultura, esse ato aqui é em prol da liberdade. E Pernambuco tem sido uma resistência nesse sentido. Temos dado exemplo, seja o governo ou a todos que fazem a política cultural acontecer”, disse Canuto.
Na sua fala, Sérgio Mamberti ressaltou a alegria em ouvir os depoimentos dos vencedores da primeira edição do Prêmio Pernalonga de Teatro. “É algo que me deixa muito emocionado porque mostra que esse legado permanece vivo. E ele não fica só na capital, está espalhado por todo o estado. Quando ouvi as falas dos vencedores, eu vi a chama acesa. Por isso precisamos estar muito firmes nessa resistência”.
ASCOM/FUNDARPE
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