Foto:Gabriel Galvão
“Eclética” define bem a personalidade da cantora Cristina Amaral: fã de Gal Costa e Marisa Monte, a pernambucana começou o ano cantando muito frevo, depois fez um São João que mesclou clássicos da MPB com forrós inesquecíveis e, um mês depois dos festejos juninos chegarem ao fim, ela mergulha fundo na sofrência de antigamente: leva ao palco do Festival de Inverno de Garanhuns o show “Para Núbia, com amor, Cristina”, homenageando a artista potiguar Nubia Lafayette, conhecida como rainha da fossa que reinou absoluta nos corações dos brasileiros na era de ouro do rádio. Uma mistura que é a cara do Brasil!
O show idealizado por Cristina e o jornalista Cleodon Coelho foi concebido para o festival de teatro Janeiro de Grandes Espetáculos de 2017, onde registou o maior público do evento, ganhando uma mini turnê pelo Nordeste e chegando a 2018 com uma nova edição para o #FIG, na noite das serestas (dia 21/7), além de estar registrado num novo CD onde Cristina Amaral celebra a obra de Nubia Lafayette com novos arranjos em canções como Lama, Devolvi e Fracasso – serão 14 no total.
“Amo muito essa música de seresta. Influência de minhas irmãs em Sertânia que cantavam enquanto eu ainda era pequena... guardei isso comigo e hoje tenho a oportunidade de fazer essas releituras. Estou muito feliz”, descreve a artista, que não pretende parar com os tributos: “Eu sou o forró, eu amo o frevo, mas penso que posso cantar um pouco de tudo nesse mundo. Então quero cantar outras referências, já fiz Ângela Maria e quem sabe não faço Nelson Gonçalves”.
MADE IN BRASIL
Prestes a completar 35 anos de carreira, Cristina pretende apresentar o show do DVD Minha Voz Minha Vida por Pernambuco e Nordeste no segundo semestre e ainda realizar shows beneficentes em prol do projeto Sertânia Sem Fome, do qual é madrinha e uma das idealizadoras, além de se apresentar na Alemanha em janeiro de 2019, dentro do Festival Psil Forró Berlin. “Eu vivo desse movimento e dessas influências! Adoro essa correria, como diz a música o meu remédio é cantar”, brinca.
Leonardo Bezerra
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