Os alunos do 5° Período do Curso de Licenciatura Plena em Letras da AESA - Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde, 2017.2, motivados e orientados pelo Professor de Linguística - Gilberto Cosme de Farias, decidiram criar um dia de combate ao preconceito linguístico, esta iniciativa ocorreu mais precisamente no 2° Período, entretanto, veio sendo amadurecida e só agora foi concretizada. E a conquista desta data tão importante foi efetivada no dia 24 de agosto, obtendo o sim de 12 dos 15 vereadores da Câmara Municipal de Buíque-PE (Casa Vereador Jorge Domingos Ramos) e que contou com o total apoio do Vereador Elson Francisco - PRP.
Foto: Leonardo Silva
A fonte de estudo e trabalho dos alunos de Letras é o livro Preconceito Linguístico do escritor Marcos Bagno, que nos conduz a um diálogo consciente e realista, acabando com todo e qual forma de preconceito existente. Veja na íntegra o que consta no Projeto de Lei n° 025/2017: Art. 1° - Fica instituído o "DIA MUNICIPAL DE COMBATE AO PRECONCEITO LINGUÍSTICO" em homenagem a memória do Poeta Patativa do Assaré, anualmente no dia 05 de março. Parágrafo único - A fixação no dia 05 de março para a homenagem prevista no caput deste artigo tem como correspondência com o dia do nascimento do saudoso poeta Antônio Gonçalves da Silva, mas conhecido como Patativa do Assaré, e também homenageando todos os professores e estudantes do Curso de Letras. Art. 2° - O dia de Combate ao "Preconceito Linguístico", passa a integrar o calendário oficial de datas e eventos do município de Buíque, estado de Pernambuco. Art. 3° - Durante a semana que antecede o dia 05 (cinco) de março, serão trabalhados nas escolas públicas municipais e estaduais, o tema Preconceito Linguístico, com palestras e oficinas, e no dia 05 do mês de março será a culminância das oficinas. Art. 4° - Fica determinado que os estudantes do curso de licenciatura Plena em Letras, coordenarão todos os trabalhos.
A JUSTIFICATIVA do Projeto é: Como existe combate a qualquer tipo de preconceito, há de haver também esta data para que se combata um preconceito que aparentemente as pessoas não notam, se nota o preconceito contra cor, se nota o preconceito contra status social, se nota o preconceito contra regiões, também se nota o preconceito contra o tipo físico das pessoas, mas ninguém tem observado quão grande é o preconceito contra a fala das pessoas, e esse preconceito linguístico, que ridiculariza os falares, nem sempre é levado a sério.
Parece até que o preconceito é contra a pessoa e não contra a sua fala, mas o preconceito não é contra a pessoa, é contra aquilo que ela pronuncia, é contra aquilo que ela diz, é contra aquilo como ela se expressa, então o CURSO DE LETRAS ou qualquer outro curso que tenham pelo menos um pouco de censo critico, que queira sair dos muros da faculdade e ir ao encontro das pessoas oprimidas, ridicularizadas pelo jeito de falar, nós propomos ir descobrir esse preconceito, torna-lo claro, colocar o dedo nessa ferida que muitas vezes a sociedade tem encoberto, não ver ou não quer ver.
Fonte: Choque Cultural Buíque
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