O jornalista Ronildo Maia Leite, falecido em 2009, e a cordelista Edilene Soares são os homenageados da terceira edição do evento, que acontece em maio em Garanhuns
Foto:Alexandre Belém
A Bienal do Livro do Agreste já anunciou os grandes homenageados da sua terceira edição: o jornalista Ronildo Maia Leite, falecido em 2009, e a cordelista Edilene Soares.O evento acontecerá na Praça Mestre Dominguinhos,em Garanhuns, dos dias 17 a 21 de maio, sempre das 9h às 21h, oferecendo dezenas de atividades gratuitas. A bienal é uma realização da Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros - Andelivros, em parceria com a Prefeitura de Garanhuns.
Nascido em Garanhuns, Ronildo Maia Leite teve a longa carreira voltada ao jornalismo marcada por vários prêmios. Entre suas conquistas, estão quatro prêmios Esso de Comunicação, categoria regional, considerado por muito tempo o mais importante do País. Ronildo se formou na primeira turma de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, passou por quase todos os periódicos do Estado, foi repórter da revista Veja, colaborador da IstoÉ e chefiou por 19 anos a redação Norte-Nordeste do jornal O Globo. “Inspirado que só ele, num certo dia, escreveu que O céu existe entre sete colinas. Garanhuns é de lá” afirmou a sobrinha do jornalista, Cinthya Leite.
Ele ficou famoso, também, pela criatividade dos títulos das manchetes dos jornais que comandou, a exemplo de: Um Branco Fuzilou a Paz, sobre o assassinato do líder negro americano Martin Luther King.Escritor generoso, com uma produção vasta, Ronildo deixou 15 livros publicados. “Adorava papel e caneta, adorava um computador. Fuçava e tanto conteúdos disponibilizados pela internet. Organizar e editar livros era uma atividade pra lá de prazerosa” disse Cinthya.
Foto:Daniela Batista
A outra homenageada da bienal também é de Garanhuns. Cordelista, Edilene Soares é coordenadora da Indústria do Conhecimento (IDC), biblioteca que funciona no bairro Dom Hélder Câmara (Cohab 3), no município, e atende crianças, jovens e adultos de todas as idades. Além do acervo em livros, o espaço oferece brinquedoteca, computadores e cursos periódicos.
Edilene foi selecionada entre vários professores da rede municipal de ensino de Garanhuns pelo excelente trabalho que realiza com crianças, jovens e adultos da cidade. “Sou fascinada pela literatura e dedico minha vida ao cordel. Através dele, busco proporcionar uma vivência literária aos meus alunos. Ser homenageada na Bienal é o reconhecimento que eu precisava para continuar realizando o meu trabalho da melhor forma possível”, diz a cordelista, que já lançou inúmeras obras, sempre com temática educacional, entre elas, “A Cultura Veio me Visitar”, “O Filho Tecnológico” e “A Lenda do Bumba meu Boi”.
Mia Comunicação
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