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Crianças da Casa Acolher participam do " Projeto PE que Acolhe"




Arcoverde, inaugurou no dia 14 de junho de 2016, a Casa Acolher Antônio Galindo Viana. O espaço é um abrigo institucional, de Proteção Social Especial de alta complexidade de caráter provisório de crianças e adolescentes, afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo, em função de abandono, maus tratos ou cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção. 

O espaço que pertence a Secretaria de Assistência Social, é coordenado pela assistente social, Regina Manzi, e conta com psicólogo, cuidadoras e auxiliares de cuidador que dão plantão de 12 por 36 horas, além de uma estrutura física adequada, oferecendo condições de moradia, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade. 

Dentro das ações desenvolvidas na Casa, está o projeto realizado em parceria com o Governo do Estado e o Tribunal de Justiça de Pernambuco " PE que acolhe"  que tem como objetivo proporcionar a crianças e adolescentes sem a alternativa de serem reintegrados em sua família de origem e sem perspectiva de colocação em famílias substitutas, a construção de ligações externas e uma melhor integração na sociedade, através do apoio afetivo e/ou material e/ou profissional da sociedade civil.

O projeto inclui o apadrinhamento afetivo, o provedor e o profissional.
Padrinho/madrinha afetivo(a) - é aquele que, regularmente, visita a criança ou o adolescente, leva-o para passar finais de semana, feriados ou férias escolares em sua companhia, proporcionando, assim, a vivência social e afetiva por meio da convivência familiar.
Já o Padrinho/madrinha provedor(a) - é aquele que dá suporte material ou financeiro à criança e/ou ao adolescente ou à instituição ou a família acolhedora, seja com a doação de material que supra a sua necessidade, seja com o patrocínio de cursos profissionalizantes, reforço escolar, prática esportiva e até mesmo contribuição mensal em dinheiro, material de limpeza, construção, etc.
Outro apadrinhamento disponível, é o Padrinho/madrinha profissional - é aquele(a) que disponibiliza seu trabalho voluntariamente para atender às necessidades de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. Exemplos: Médicos, Artistas, Psicólogos, Odontólogos, Fonoaudiólogos, Professores, Cabeleireiros, Músicos, entre outros profissionais (pode ser pessoa natural ou pessoa jurídica).

Durante a nossa visita neste domingo, 18 de dezembro, conhecemos um casal vindo de Olinda que apadrinhou três crianças que se encontram na instituição e são irmãos. Nós conversamos com a advogada Rebeca Juliano Albuquerque Falcão, para saber como eles conheceram a Casa Acolher e como surgiu o desejo de apadrinhar as crianças.


Rebeca como vocês conheceram a Casa Acolher? E como surgiu o interesse de apadrinhas as crianças daqui?

" Eu e Caio estávamos tentando engravidar há 02 anos, e quanto mais o tempo passava ficava ainda mais difícil engravidar. Como as coisas não aconteciam como a gente previu, decidimos que paralelamente as tentativas iríamos adotar. E iniciamos o processo. Quando a gente inicia o processo, a gente faz parte de alguns grupos, inclusive no WatsZap, são os Gaps, Grupos de Apoio a Adoção, e nesses grupos divulgaram as fotos dos meninos procurando famílias para adotar. Esse trabalho é feito pelo Ceja -  Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Estado de Pernambuco, é uma busca ativa direcionada as crianças com idade avançada. Como nosso perfil é uma criança de até 06 anos, menino, ai eu disse: Caio eu recebi uma foto hoje e bateu forte a foto, eu queria conhecer essas crianças e ver se a gente pode apadrinhar, são 03. De repente a adoção não é o momento, mas o apadrinhamento eu já tinha ouvido falar e acho que se encaixa perfeitamente na nossa realidade atual e pra eles pode ser bom. Eu entrei em contato com o pessoal do Ceja, e nos explicaram como funcionava o processo. Eu destaquei que não me oporia se durante o processo alguém quisesse adotá-los , iríamos colaborar, mas que nesse meio tempo não sabíamos o que iria acontecer. Só que foi ai que soubemos que eles estavam em Arcoverde e nós moramos em Olinda e eram 03. E ai eu falei com Caio temendo que ele não topasse por que ficaria difícil. Mas ele concordou e aqui estamos. E o nosso primeiro dia de experiência foi maravilhoso. A gente tentou correr com esse processo para agilizar a ida deles para o natal,o que eles não sabem ainda. Se der certo, semana que vem eles vão com a gente. "

Qual a importância que você vê de instituições como esta que fazem inclusive essa busca ativa. E o que você diria a quem desejar adotar?

"Primeiro o que eu diria para as pessoas é, se joga. Por que amor e troca de experiência (choro), eu digo que insista. A gente vê dificuldade e pensa, ah é um pouco difícil, é longe , mas é muito mais difícil pra eles (silêncio). É uma nova experiência pra gente, mas eu sinto que vai ser bom. Vale a pena! Esse trabalho das instituições é fundamental , mas ainda é pouco divulgado. Muita gente instruída no Fórum não sabia do projeto. É importante divulgar mais, por que tem gente que tem vontade , mas não sabe o caminho. Esse apadrinhamento não tem nada a ver com caridade, eu preciso mais deles do que eles de mim. E eu disse isso a eles hoje. Se você quiser trocar amor, encare um projeto desse que vale a pena."

Se você ficou interessado em apadrinhar uma criança , em dar e receber amor, preencha o formulário formulário online! Eu garanto que vai ser uma experiência linda.

Amannda Oliveira

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