Sem a principal reivindicação atendida, trabalhadores se reúnem para decidir se paralisam ou não as atividades.
Servidores do Ministério Público de Pernambuco participam, na tarde desta quarta-feira (19), da assembleia que irá decidir os rumos da luta pela reposição salarial, referente ao ano de 2016, com negociações que se arrastam desde o mês de maio. No último dia 13, uma comissão formada por representantes do Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco (Sindsemppe) se reuniu com o procurador-geral de Justiça em exercício , Fernando Barros. Na ocasião, a proposta apresentada pela administração não levou em consideração o pedido de reposição salarial e, por isso, a assembleia de hoje pode caminhar para a paralisação de atividades da categoria em todo o Estado. A discussão acontece a partir das 16h30, na sede do Sindsemppe, localizada na Praça da Independência, 75, no bairro de Santo Antônio.
O procurador-geral Carlos Augusto Guerra apresentou uma proposta de recomposição, apenas, do auxílio saúde, desconsiderando as demais reivindicações. “Nós aceitamos o reajuste do auxílio saúde, reivindicação que fazia parte da nossa pauta, e essa mudança deve entrar já na próxima folha. Mas a recomposição salarial, que nós estamos pedindo apenas a reposição da inflação, um direito garantido por lei, eles não deram nada”, explica Fernando Ribamar, presidente do Sindsemppe. "Apesar de estarmos sem reposição inflacionária desde maio de 2015, nós consideramos até abrir mão do retroativo, bem como aceitar um percentual menor de reposição, mesmo assim não obtivemos uma resposta satisfatória e, por isso, a categoria decidiu por deliberar sobre a possibilidade de paralisação”, continua, contando, ainda, que na ocasião também será definido como se dará essa eventual paralisação.
Conforme o resultado da assembleia desta quarta-feira, a categoria também se fará presente durante a reunião do colégio de procuradores que irá discutir a reestruturação de dois setores do MPPE. “A gente exalta a postura do Procurador, da gestão, de manter o diálogo e nos receber sempre para ouvir nossas reivindicações. Mas se a gestão defende ter dinheiro para outras questões, precisa olhar também para o nosso pleito, que é justo e razoável”, ressalta Fernando Ribamar. No dia também irão ocorrer manifestações contra a PEC 241, conhecida como a PEC do Fim do Mundo, que congela investimento em diversos setores da sociedade, inclusive atingindo os trabalhadores do MPPE.
MPPE
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