FOTO: Lia de Paula/Ascom |
A partir de 18 de julho, o Bolsa Família terá um reajuste de 12,5% no valor do benefício médio, que sai de R$ 162,07 para R$ 182,31. O anúncio foi feito pelo presidente em exercício, Michel Temer, e pelo ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, na manhã desta quarta-feira (29), em Brasília (DF). O índice é superior aos 9% anunciados em maio e não concretizados pela gestão anterior e está acima da inflação dos últimos 12 meses.
“Parece pouco, mas é fundamental para aqueles que estão na pobreza. No Brasil, tem gente rica, de classe média, gente pobre e na extrema pobreza. Enquanto houver extrema pobreza, é preciso ter programas dessa natureza”, avaliou Temer.
Em seu discurso no Palácio do Planalto, o presidente em exercício destacou que o governo trabalha para que no futuro as famílias consigam melhorar de renda e não precisem mais do programa. “O Bolsa Família não é algo para perdurar toda a vida. O nosso objetivo é em um dado momento ser desnecessário o Bolsa Família”.
O ministro Osmar Terra afirmou que o Bolsa Família não tinha reajuste há dois anos e com a inflação, o poder de compra das famílias beneficiárias caiu consideravelmente. Segundo ele, é possível que muitas famílias, mesmo recebendo o Bolsa Família, ainda estejam abaixo da linha da pobreza extrema.
Terra destacou também que o anúncio do reajuste do Bolsa Família é uma prova de que as políticas sociais são prioridades do governo Temer. “Esse aumento é um desafio que o presidente Temer nos propôs. No Ministério, temos condições de dar esse reajuste e garanti-lo até o final do ano. Estamos trabalhando dentro de nossas possibilidades”, assegurou.
O decreto, assinado pelo presidente, prevê ainda o aumento da linha de extrema pobreza e pobreza, que passam de R$ 77 para R$ 85 e de R$ 154 para R$ 170, respectivamente. O reajuste já será pago aos beneficiários no início da folha de pagamento de julho. Com isso, a orçamento mensal do Programa passa de R$ 2,23 bilhões para R$ 2,5 bilhões.
MDS
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