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Ex-diretor da Petrobrás cita Eduardo Campos no esquema de lavagem de dinheiro da Pe

Foto: Aluisio Moreira/SEI

O ex-diretor de abastecimento e refino da Petrobras Paulo Roberto Costa começou a revelar nomes de supostos envolvidos no mega esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal. Em depoimentos prestados aos procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba e a policiais desde 29 de agosto, quando assinou um acordo da delação premiada, Costa citou a participação de pelo menos 61 parlamentares — 49 deputados e 12 senadores —, seis governadores e um ministro que estariam no esquema.


Informações da Polícia Federal revelam que Paulo Roberto começou a apresentar nomes de políticos após prestar depoimentos considerados insatisfatórios pelos investigadores no início desta semana. As citações reveladas pelo delator no interrogatório são gravadas em vídeos que servem de base para a polícia avançar na apuração da Operação Lava-Jato, deflagrada em 17 de março, que prendeu o doleiro Alberto Youssef e outras 13 pessoas. No depoimento, Paulo Roberto contou que políticos receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobras firmado durante a gestão do ex-diretor à frente da área de abastecimento e refino da estatal.


O número de políticos envolvidos no esquema ainda deve aumentar até o final dos depoimentos do delator. De acordo com a edição deste sábado (6) da Revista Veja, entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Revista menciona ainda o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), os senadores Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR).


Ainda segundo a Veja, fariam parte da lista os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC), além do ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte (PP). Paulo Roberto Costa teria citado ainda Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência, morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo.

De acordo com a revista, Costa admitiu que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo destinado à base aliada do governo. Quem fazia ponte com o esquema no PT, segundo Costa, era o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto.

Segundo a reportagem publicada neste sábado, o ministro Edison Lobão disse que sua relação com o ex-diretor sempre foi institucional e negou ter recebido dinheiro. Já o petista João Vaccari Neto teria dito que nunca se encontrou com Costa para tratar de doação financeira. Roseana Sarney (PMDB) repudiou as referências feitas a ela e disse que nunca participou de esquema de corrupção. Ciro Nogueira (PP) também negou receber dinheiro e afirma que conheceu Costa em eventos do partido. Jucá (PMDB) e Henrique Alves (PMDB) também teriam negado participação. Calheiros, Nogromonte e Pizzolatti não se manifestaram, de acordo com a Veja.

Com informações da Agência Estado


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