A manhã desta quarta feira foi de muita dor para todo Estado de Pernambuco. Perdemos um político da envergadura de Eduardo Campos. Neto de outro grande brasileiro, o ex-governador Miguel Arraes, Campos tinha a capacidade de aglutinar apoios nos mais diversos matizes partidários. Soube, na sua trajetória, ter brilho próprio. Mas nessa hora não cabe aqui falar da política.
A hora agora é de refletir e de passar todo nosso pensamento positivo à viúva Renata e aos filhos João, José, Pedro, Maria Eduarda e o bebê Miguel. Vai daqui meu abraço fraterno a toda família Campos. Sei que todos saberão ser fortes para transpor esse momento de dor inigualável. Tive(e tenho) pela figura de Eduardo Campos o mais profundo respeito, sentimento esse que acredito ser também da maioria dos pernambucanos humildes ou não. Ele gostava de dizer: “é preciso colocar a engrenagem das coisas para moer em favor do povo”. Também algumas vezes citava Ghandi como na frase - “que fale por mim não as minhas palavras, mas que fale por mim a nossa vida”.
Nosso Estado, aliás o Brasil, fica mais pobre sem um homem como Eduardo Campos. Antes de tudo temos de assinalar a forma efetiva de como ele governou Pernambuco por 2.920 dias. Esse é o legado que fica para os pernambucanos. Nessa hora triste, pouco importa o viés político-partidário de Eduardo e seus eventuais “adversários”. Esses detalhes são apenas nuances ou querelas desimportantes ante a tragédia. O momento é de reverenciar este pernambucano que honrou as nossas mais caras tradições, tanto na política quanto vida pública.
Deixo também, por fim, meus pêsames e sentimentos às famílias de Pedro Valadares Neto(ex-deputado federal por Sergipe), Alexandre Severo Gomes e Silva(fotógrafo oficial da campanha),Carlos Augusto Leal Filho(assessor de imprensa de Eduardo Campos e era conhecido como Percol), Marcelo Lyra (cinegrafista e fotógrafo profissional), Marcos Martins(piloto) e Geraldo Cunha(também piloto) que também perderam a vida neste trágico acidente.
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