A princípio é
difícil de acreditar mas, uma em cada quatros mulheres brasileiras sofre
violência na hora do parto. Andrea Dip em uma reportagem na Revista Fórum
relata o seu sofrimento no momento do parto. Durante o pré-natal ela foi
atendida por plantonistas ‘sem nome’. O nome dela variava de acordo com a fila
de espera; um dia era 234, outro 252.
Sofreu um exame de toque coletivo, feito por
um médico e seis estudantes; de forma grosseira a enfermeira pedia que ela parasse
de gritar por conta da dor; foi esquecida pela equipe; não teve direito a
acompanhante; deram anestesia sem informar nada; fizerem uma episiotomia (corte
na vagina) sem consentimento (procedimento desnecessário na maioria dos casos,
segundo pesquisas modernas) e um mar de violência física e psíquica em um
momento que deveria ser unicamente mágico e belo.
VIOLÊNCIA
Deixar a
mulher privada de acompanhante, tratá-la de forma agressiva, com zombadeira,
apática, de forma a deixa-la inferior, utilizando nomes infantis/diminutivos, submeter
a procedimentos dolorosos desnecessários (lavagem intestinal, raspagem de pelos
pubianos e tudo que deixe a mulher em situação de desconforto pode ser uma ato
de violência. É necessário que a mulher assuma seus direitos e tenha voz nos
centros de saúde da mulher e não passe por situações como essa em silêncio,
veja abaixo as frases mais ouvidas durante o parto:
LEIS
A
portaria 569 de 200 do Ministério da Saúde, diz: ‘Toda gestante tem direito a
acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e
puerpério’ e ‘Toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e
que esta seja realizada de forma humanizada e segura’. A lei nº 11.108, de 7 de
Abril de 2005 garante às parturientes o direito à presença de acompanhamento
durante o trabalho e parto, parto e pós-parto imediato nos hospitais do SUS. Sabemos
que essas normas raramente são seguidas, e cabe a nós pacientes e profissionais
levantar a voz e fazer valer nossos direitos.
CESARIANA DESNECESSÁRIA
LEVANTE-SE
Sabemos
das violências, sabemos das cesarianas muitas vezes desnecessária e sabemos
também dos nossos direitos. O que fazer? É impossível não perceber que estamos
em um sistemas os grandes possuem mais poder de voz, mas um paciente por menor
que pareça unido com outros formando um povo são donos de um poder
indiscutível. Faça sua parte e faça valer seus direitos de mulher, de pai, de
mãe, de família.
Dayvison Hebert
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