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Pacientes que fizeram transplante de rim se queixam de falta de remédio

Pacientes renais que fizeram transplante e precisam de remédios doados pelo governo de Pernambuco estão apreensivos com a falta da azatioprina na Farmácia de Medicamentos Excepcionais, nos últimos meses. A substância tem como função evitar a rejeição do órgão implantado.

O analista de sistemas Jaime Galvão fez transplante renal há 14 anos e, desde então, toma duas doses diárias de 50mg de Azatioprina, mas não encontra o remédio na farmácia estatal há quatro meses. Ele procurou em farmácias do Recife e não encontrou, então mandou buscar no Rio de Janeiro, ao custo de R$ 130 por uma caixa com 50 comprimidos, que termina em menos de um mês.  “É dever do estado dar essa medicação. O SUS coloca a Farmácia de Medicamentos Especiais do governo com a atribuição de prover esse medicamento para a sociedade”, queixa-se.

Luciano Oliveira é aposentado e está passando pela mesma situação. Transplantado desde 1997, também toma Azatioprina duas vezes por dia. Desde dezembro, não consegue o medicamento na farmácia do estado nem nas particulares. Para não ficar sem, está comprando uma fórmula manipulada, pagando R$ 50 por 15 dias de um remédio que é responsabilidade do estado. Luciano Oliveira passou mal e está internado no Hospital das Clínicas.  “Tenho medo da rejeição, de perder o rim, porque o estado deixou faltar o remédio”, reclama.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o distribuidor do medicamento atrasou a entrega, descumpriu acordos, foi notificado e teve o contrato suspenso. Uma compra emergencial foi feita e a expectativa é de que, na próxima sexta-feira (15), o medicamento esteja disponível em quantidade suficiente para tratamento dos pacientes por três meses. Além disso, outra compra está sendo providenciada, com entrega prevista para daqui a 15 dias, que garantiria a assistência por mais seis meses.

Fonte:G1 

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