Foto: Arquivo da Escola
Quem entra hoje na Escola São José de Garanhuns nem imagina que há cerca
de dez anos, ela ameaçava fechar devido a graves problemas estruturais no
prédio onde funciona. Os problemas eram muitos, salas com o teto desabado,
telhado ameaçado pelos cupins, paredes sem o reboco, pátio sem pavimento. A
maior dificuldade era que por ser um prédio alugado, o governo não poderia
reformar. Então o que fazer? A palavra é simples – mobilização – mas deu
muito trabalho. O recomeço veio a partir do ano de 2002 quando a Professora
Maria Jisleide Gomes assumiu a gestão tendo a professora Maria José Melo como
gestora adjunta e que em 2006 assumiu a gestão permanecendo até hoje. Governo, gestores, professores, servidores,
pais e alunos se movimentaram para mudar essa realidade. O Governo do Estado
fez todo o retelhamento do prédio, mudou a rede elétrica e reconstruiu a
cozinha, sala dos professores e sala de gestão. O jardim, os bancos, o piso do
pátio vieram por meio das parcerias firmadas pela gestora com a comunidade
escolar. E aos poucos, surgia uma nova escola.
Antes da reforma, a Escola sofria com a perda de alunos, ninguém queria
viver em um ambiente como aquele, os menos de 400 alunos da época
transformaram-se em 900 nos dias atuais. Mas a maior mudança não foi estrutural e sim
na aprendizagem, junto com o novo ambiente surgiram funcionários, professores e
alunos mais motivados e consequentemente mais aplicados. Hoje a Escola São José
estampa com orgulho a nota 4,9 alcançada no último IDEB – Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (2011), esta seria a meta que a Escola
deveria alcançar apenas em 2015. Essa nota deixa a Escola em primeiro lugar em
Garanhuns e região entre as escolas regulares e nono lugar em Pernambuco,
perdendo apenas para escolas de aplicação ou de referência. Vale salientar que
há cinco anos a escola se mantém nos primeiros lugares.
De acordo com a gestora escolar professora Maria José Melo, esses
resultados não foram apenas reflexo da melhora da estrutura física, ela elenca fatores
essenciais para essa revolução escolar como, o comprometimento de toda a equipe
e a participação ativa da família na escola.
Porém para que todos esses fatores somados trouxessem resultado, a liderança
da gestora Maria José Melo foi fundamental. Desde que assumiu a direção ela
colocou como meta pessoal ver a escola totalmente transformada tanto na
estrutura física, quanto na pedagógica. “Para mim foi um grande desafio, mas
hoje ao olhar os resultados alcançados, as fotos antigas, conversar com alunos,
ex-alunos e com os pais, vemos que valeu à pena.”
A Escola São José também se destaca no índice que mede a qualidade de
ensino no Estado, o SAEPE (Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco). Desde
2008, quando o sistema foi implantado, a escola sempre supera as metas em mais
de100%. De acordo com o gestor da GRE-AM (Gerência Regional de Ensino do
Agreste Meridional), Paulo Lins, a Escola São José é um exemplo para a região.
“A intenção do Governo do Estado é que todas as escolas estaduais possam
atingir bons índices nos sistemas de avaliação de aprendizagem. Para isso a
cada ano Pernambuco vem aumentando o investimento nas unidades escolares.
Exemplos como o da São José demonstram que isso é possível com a união de
todos”, ressaltou Paulo Lins.
Colaboração: Jacqueline Menezes
0 Comentários