Entre
os dias 10 e 25 de outubro, médicos de todo o país participarão de
protesto nacional contra os abusos cometidos pelos planos e seguros de
saúde. Para marcar o início da mobilização nacional, os profissionais
realizarão atos públicos (assembleias, caminhadas e concentrações) nos
estados. A partir de então, com base em decisões tomadas em assembleias
locais, a categoria pode suspender, por tempo determinado, consultas e
outros procedimentos eletivos por meio de guias dos convênios - sem
cobrança de valores adicionais - que serão definidos como alvo pelas
assembleias.
No
Recife, os médicos realizam nesta quarta-feira (10) o Dia Nacional de
Luta pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos
Médicos (CBHPM), com ato público, às 09h, no cruzamento das ruas:
Francisco Alves com Antônio Gomes de Freitas (ao lado do Hope) na Ilha
do Leite. Vale destacar, também que, entre os 15 a 19 deste mês, haverá
paralisação no atendimento aos planos de saúde: Hapvida, Sul América,
Golden Cross, Intermédica, Norclínicas, Notre Dame e ideal Saúde.
O
presidente da Comissão de Honorários Médicos de Pernambuco e diretor do
Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Mário Fernando Lins,
ressaltou que os esses planos não utilizam a CBHPM e não negociaram os
valores. “A CBHPM serve de referência para os valores pagos. A tabela
está em vigor desde 2010 e nós queremos que os planos paguem a banda
média de valores. Nas consultas, isso representa R$ 60. Mas, algumas
operadoras não negociaram com a classe médica”, frisou.
Na
semana passada, o Fórum da Saúde Suplementar esteve reunido na sede do
Cremepe, bairro Espinheiro, convocado pela Defensoria Pública do Estado
de Pernambuco, e na ocasião ficou acordado que não haverá interrupção no
atendimento das urgências, emergências, serviços de hemodiálise,
hemoterapia, radioterapia e quimioterapia.
Segundo
ele, o cenário tornou o credenciamento nas operadoras pouco atrativo
para muitos médicos, o que agrava a situação” que os usuários de plano
de saúde enfrentam no país, como a demora para marcar consultas e a
espera prolongada em serviços de emergência. As mobilizações serão
articuladas pelas Comissões Estaduais de Honorários Médicos, com apoio
das três entidades que representam a classe médica nacionalmente -
Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação
Nacional dos Médicos.
Colaboração: Mário Fernando Lins
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