O relator dos projetos de lei que propõem acabar com o exame da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), deputado Pastor Marco Feliciano
(PSC-SP), quer levar a discussão para o Plenário da Câmara, apesar de a
proposta precisar de apenas uma aprovação na Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania para ser enviada para o Senado.
O exame é necessário para que o bacharel em Direito possa exercer a
profissão de advogado. Segundo Feliciano, que é favorável à extinção do
exame, o Plenário refletiria melhor o conjunto da sociedade, já que a
proposta é bastante polêmica.
Entre os 17 projetos sobre o tema, que tramitam junto com o PL 5054/05,
a maioria quer a extinção por considerar o diploma suficiente, mas
alguns querem ampliar as funções do exame e outros, substituí-lo por
comprovação de estágio ou de pós-graduação.
Alguns projetos também buscam aumentar a fiscalização sobre o exame e
há os que determinam que os candidatos aprovados na primeira fase e
reprovados na segunda fase possam fazer nova inscrição diretamente para a
segunda fase. No exame da OAB realizado em 2010, a reprovação dos
candidatos foi de quase 90%.
O deputado lembra que em 2007, por exemplo, a OAB foi alvo de uma
série de denúncias e de investigações da Polícia Federal, boa parte no
estado de Goiás. “As notícias que nós temos e as informações dadas pela
própria Polícia Federal são caso de CPI. É caso de analisarmos de fato o
que está acontecendo."
O presidente da OAB, Ophir Cavalcante Júnior, explicou que a entidade tem corrigido as falhas que ocorrem.
Reserva de mercado
Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter declarado a constitucionalidade da prova, o deputado Pastor Marco Feliciano acredita que existem pontos questionáveis. "Existe não apenas uma reserva de mercado através do exame da Ordem como também um protecionismo em cima desses que já são hoje advogados. Também encontrei algo que se aproxima da inconstitucionalidade, porque priva o cidadão que estudou durante cinco anos em uma escola de poder exercer a sua profissão."
Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter declarado a constitucionalidade da prova, o deputado Pastor Marco Feliciano acredita que existem pontos questionáveis. "Existe não apenas uma reserva de mercado através do exame da Ordem como também um protecionismo em cima desses que já são hoje advogados. Também encontrei algo que se aproxima da inconstitucionalidade, porque priva o cidadão que estudou durante cinco anos em uma escola de poder exercer a sua profissão."
Constitucionalidade
Ophir Cavalcante esclarece que o exame é constitucional porque se baseia no artigo 5º, inciso 13, da Constituição Federal, que diz que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Ophir Cavalcante esclarece que o exame é constitucional porque se baseia no artigo 5º, inciso 13, da Constituição Federal, que diz que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
No julgamento do Supremo, porém, o ministro Luiz Fux apontou que o
exame da OAB caminha para a inconstitucionalidade se não forem criadas
formas de tornar sua organização mais pluralista.
Para Ophir Cavalcante, o mais importante é assegurar uma boa defesa à
população. "O exame de Ordem é imprescindível para que o cidadão tenha
uma boa defesa. É imprescindível para que o cidadão tenha um
profissional que possa defendê-lo frente a um Estado que é cada vez mais
policialiesco."
Fonte: Agência da Câmara
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