Até este mês de julho, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou 11 óbitos por dengue, uma redução de 273% em relação a 2011, quando foram confirmadas 41 mortes. Para o órgão, a diminuição está relacionada ao melhor acompanhamento dos pacientes nas unidades de saúde pernambucanas, que, neste ano, receberam uma série de capacitações para padronizar o protocolo de atendimento aos pacientes com suspeita de dengue. O Estado ainda diagnosticou a redução dos casos de dengue grave (com complicações ou hemorrágicas), que saíram de 585, em 2011, para 147, em 2012, caindo em 298%.
Segundo o secretário estadual de saúde, Antonio Carlos Figueira, as
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) implantaram, neste ano, uma nova
forma de pré-atendimento aos pacientes com suspeita de dengue. “As
pessoas que chegam às unidades com alguns sintomas da dengue começam
logo a ser hidratadas. Também há um monitoramento específico para
analisar a evolução do caso, otimizando o diagnóstico e o tratamento”,
diz o secretário.
Ele lembra que 150 médicos e enfermeiros de hospitais da Região
Metropolitana do Recife, além de 400 profissionais de hospitais e
unidades de saúde municipais, foram capacitados sobre o diagnóstico e
tratamento da dengue em todo o Estado. “A dengue é uma doença que pode
ser confundida com diversas enfermidades. Por isso, é preciso estar
atento a alguns detalhes, principalmente quando se trata dos casos
graves da doença, que podem levar à morte”, orienta Figueira, que é
médico pediatra.
A prova do laço é um importante teste e dá sinais de alarme
existentes em 85% dos pacientes com dengue hemorrágica, por exemplo.
Para fazer o exame, é preciso usar um aparelho de aferir pressão e
verificar o surgimento de petéquias ou equimoses (pontos vermelhos) no
corpo do paciente. Dependendo da quantidade, o caso pode ser
diagnosticado como dengue grave.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual da Dengue,
Claudenice Pontes, apesar da redução nos óbitos, é preciso que a
população se mantenha em alerta e mobilizada para as ações de eliminação
dos focos de dengue, especialmente nos reservatórios de água no quintal
e acondicionando diretamente o lixo. “É importante ainda que todos
facilitem o acesso e o trabalho dos agentes de endemias em suas casas,
onde estão 90% dos focos. E, em caso de sintomas, procurar uma unidade
básica de saúde, além de evitar a automedicação, que pode agravar o
quadro”, enfatiza.
DADOS – Até o dia 7 de julho, foram notificados
51.825 casos de dengue (confirmados 18.963), distribuídos em 183
municípios. Isso representa um aumento de 88% em relação ao mesmo
período de 2011, que notificou 27.567 casos, confirmando 12.119 desses.
Os dez municípios com maior percentual de notificação são: Recife
(22,99%), Jaboatão dos Guararapes (5,75%), Caruaru (5,22%), Olinda
(4,11%), Cabo de São Agostinho (3,81%), Afogados da Ingazeira (3,80%),
Paulista (2,98%), Abreu e Lima (2,77%), Ipojuca (2,25%) e Goiana
(1,93%).
Fonte: ASCOM
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