A noite de ontem (quinta-feira, 19/7) foi dos reis. Erasmo Carlos e
Reginaldo Rossi passaram por sucessos do rock e do brega e mostraram à
multidão da Praça Guadalajara que ainda são bons de palco. Antes deles,
tocaram as bandas Flash e Volver e o caruaruense Ortinho, com seu rock
jovial.
Já passava da meia noite quando o Tremendão subiu ao
palco. Com cinquenta anos de carreira, Erasmo sabe bem o caminho para
cativar a plateia. E não foi difícil: “Mesmo eu”, “Saber viver”, “Fama
de mau”, “Vem quente”, “Fumar”, “Festa de arromba” e outras tantas
músicas já consagradas, trouxeram o público de várias idades para perto.
Com dois Cds lançados recentemente, “Rock ‘n’ Roll”
(2009) e “Sexo” (2011), Erasmo também apostou na sua produção atual.
Abriu o show com “Kamasutra”, sua em parceria com Arnaldo Antunes e
passou por “Apaixocólico anônimo” e “Jogo sujo”, que viraram tema de
novelas recentes.
Descontraído, com sua jaqueta de couro, o Tremendão
ainda mantém seu jeito roqueiro e libidinoso. Falou de sexo e das
mulheres, mandou beijo, jogou palheta. “Rock também é sexo. E sexo é a
porta de entrada para o amor”, afirmou.
O show de Erasmo contou ainda com a participação de
seu maior parceiro, Roberto Carlos. Ou melhor, de um cover dele, que foi
convidado ao palco para jogar flores para a plateia durante a música
“Cover”, uma das últimas. Erasmo encerrou com “Festa de arromba”,
deixando o terreno preparado para o outro rei.
Reginaldo Rossi foi ainda mais cativante. Com seu
jeito escrachado enalteceu as mulheres e debochou dos homens traídos
quase que em todos os intervalos. “O homem adora botar chifre, mas morre
de medo de ser corno”, disse uma hora. “Todo castigo para corno é
pouco”, brincou noutra.
Além dos próprios sucessos como “Garçom” e
“Leviana”, que a Guadalajara cantou em couro, Rossi fez versões de
músicas estrangeiras e também da cultura pop: “I will survive”, “Ne me
quittes pas”, “Let it be”, “Satisfaction” e “Bamboleo” se misturavam à
“Ex my Love” e “Ai se eu te pego”.
As mulheres jogaram calcinhas e cachecol e, em
troca, Reginaldo dançou até dança do ventre, tirou o blaser e desabotoou
dois botões da camisa. Quando já passavam das 3h30, o rei do brega se
despediu em ritmo de frevo e deixou a multidão pedindo mais um.
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