NOTA PÚBLICA DO PRESIDENTE DO PARTIDO DOS TRABALHADORES Á IMPRENSA, AOS MILITANTES, AOS DIRIGENTES E AOS PARLAMENTARES DO PT.
O Partido dos Trabalhadores governa a prefeitura do Recife há quase doze anos. Inicialmente com João Paulo, e agora com João da Costa, invertemos prioridades e focamos nossa ação em resgatar antigos e desprezados direitos da maioria, colocando-os no centro das ações da prefeitura, sem desprezar o conjunto da sociedade.
Não obstante esta realidade, o partido em Recife até agora não conseguiu construir consenso em torno do nome que o deva representar na disputa eleitoral de outubro próximo.
Hoje estamos às vésperas de uma decisão que precisa ser tomada com rapidez, que é a da escolha do nosso candidato, ou, se não conseguirmos o consenso, do método formal de fazê-lo.
Tenho feito grande esforço para que, coletivamente, possamos encontrar a melhor saída política para o partido. Venho agindo de forma absolutamente imparcial e dialogado com aliados e, principalmente, com o partido, suas correntes e instâncias, nacionalmente, no estado e no município, à procura do que melhor sirva ao partido e à cidade.
Na condição de presidente estadual do PT, não represento posições de correntes nem defendo, a priori, este ou aquele nome. Não me cabe fazê-lo, sob pena de perder a legitimidade de atuar como um dos que se empenham em construir consensos.
Isto posto, quero ressaltar algumas convicções minhas:
1. Tendo unidade interna em torno de um nome, esta unidade provavelmente alcançará os partidos que compõem a Frente Popular em Recife.
2. A responsabilidade de construir o melhor caminho para o partido é coletiva, do conjunto das correntes que o compõe e das nossas principais lideranças.
3. Estando à frente da prefeitura do Recife, o prefeito João da Costa tem o direito de postular um segundo mandato e de conduzir o processo interno de discussão sobre a eleição.
4. Havendo, como há, correntes políticas no partido que consideram existirem alternativas mais competitivas, capazes de aglutinar apoios mais fortes na sociedade, entre os aliados e internamente, cabem a elas apresentarem nomes ao próprio prefeito, visando estabelecer processo que, pelo diálogo, possa levar a uma conclusão unificadora, seja em torno do próprio nome do prefeito, seja em torno de um outro que obtenha dele o apoio.
5. Só em última instância, esgotados todos os esforços visando a obtenção de um entendimento político interno, deveremos seguir rumo a uma prévia ou encontro, para que, nos termos de nosso Estatuto e democraticamente, possamos escolher nosso candidato. Mesmo assim, este processo terá de ser precedido de profundo acordo político que garanta a convivência adequada dos que fazem o partido, nas instâncias partidárias, no legislativo e no executivo dos municípios.
O PT, repito, tem a responsabilidade de governar a cidade do Recife. Vem exercendo esta delegação popular em rumo que está em sintonia com as aspirações de ampla maioria da sociedade, governando para todos.
Um entendimento político interno que evite a realização de prévia deve ser o principal objetivo a perseguirmos. Se a disputa for inevitável, todos temos de ter a consciência das graves consequências e dos sérios riscos políticos que sua realização acarreta.
De qualquer forma, não podemos, em absoluto, deixar de assumir no PT uma decisão que é de nossa exclusiva responsabilidade construir.
Recife, 20 de marco de 2012
Pedro Eugenio
Deputado Federal/Presidente Estadual do PT-PE
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