O Palácio do Campo
das Princesas, sede do administrativa do Governo de Pernambuco, passará por uma
reforma estrutural ainda neste ano. Após um ano de estudos, o chefe de gabinete
do governador, Renato Thiebaut, terá uma reunião hoje, às 16h, para definir os
detalhes da mudança, tais como o custo da obra, o início e a duração da mesma.
Informações de bastidores dão conta que o local poderá passar de um a dois anos
em processo de reformulação. Durante o processo, as quatro secretarias que
funcionam no Palácio (Casa Civil, Assessoria Especial, Casa Militar, Imprensa e
o gabinete do governador) deverão ser temporariamente transferidas.
Thiebaut afirmou que ainda não poderia tecer
comentários a respeito da reforma, o que deverá ocorrer após o encontro com seu
pessoal. “Tenho uma reunião com minha equipe. O assunto reforma já é antigo. Há
aproximadamente um ano, começamos a fazer uma série de estudos, e amanhã (hoje)
os resultados serão apresentados. Nesse encontro, deveremos ter uma perspectiva
da situação”, explicou o chefe de gabinete.Embora sem confirmações oficiais,
nos bastidores palacianos circula a informação de que o gabinete do governador
Eduardo Campos (PSB) poderá ser transferido para um escritório já montado no
Porto do Recife. Também é especulado que, com a mudança, a Assessoria Especial,
comandada pelo escritor Ariano Suassuna, deixará o Palácio. Em contrapartida,
deverá ser abrigada a Secretaria de Governo, capitaneada pelo deputado federal
licenciado Maurício Rands (PT). O órgão, que foi criado este ano, ainda não tem
sede definida.
Planejado em 1786, o Palácio do Campo das
Princesas foi construído apenas em 1841, no bairro de Santo Antônio. O
responsável pela obra foi o engenheiro Firmino Herculano de Morais Âncora, a
mando do governador Francisco do Rego Barros, futuro Conde da Boa Vista. No
local, funcionava o edifício do Erário Régio. Na época da construção, o órgão
era chamado Palácio Provincial, e só viria a se tornar do Estado após a
República.
A primeira reforma veio em 1859, para hospedar o
imperador Dom Pedro II, a imperatriz Dona Teresa Cristina de Bourbon-Duas
Sicílias e suas filhas. Naquele ano, veio o nome de Campo das Princesas para o
jardim onde as princesas brincavam, posteriormente estendido ao Palácio. Entre
1920 e 1922, o local foi amplamente reformado, com a construção de um novo
pavimento. Naquela década, a obra ainda seria remodelada, redecorada e
mobiliada. Até 1986, os governadores moravam com as famílias no Palácio,
tradição que foi quebrada na segunda gestão de Miguel Arraes.
Por Manoel Guimarães
Da Folha de Pernambuco
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