A Câmara de Vereadores de Serra Talhada adiou para o dia 05 de Março a votação que deveria acontecer nesta segunda (27) das contas de 2005 do prefeito Carlos Evandro (PR). O TCE emitiu parecer contrário a aprovação e caberá aos vereadores aprovar ou não as contas do gestor. O vereador Zé Pereira (PT) se ausentou da votação alegando problemas de saúde, ele foi acometido de uma crise de hérnia e foi socorrido as presas para Arcoverde.
A sessão durou pouco mais de 25 minutos. Com o plenário da casa lotado e a presença de 09 dos 10 vereadores, os trabalhos foram iniciados em meio a um acalorado debate entre os vereadores Antonio Rodrigues (PTC) que é favorável ao prefeito, e Gilson Pereira (PSD), contrário a Carlos Evandro. O clima era tenso. De um lado estavam aliados do prefeito, e do outro, contrários. O curioso de tudo, é que a bem pouco tempo, esse mesmo grupo estava unido. Devido à posição do prefeito em apoiar o seu vice, Luciano Duque (PT), o quadro político na cidade teve uma reviravolta. Um requerimento do vereador Gilson Pereira (PSD) colocando em suspeita os trabalhos de uma comissão interna de Controle – Finança e Orçamento, teria motivado o adiamento da votação. Gilson alegou falta de imparcialidade da comissão. O pedido foi aceito pela mesa diretora que suspendeu a sessão. Em dado momento o vereador Gilson Pereira (PSD) teve a palavra negada pelo presidente Agenor de Melo (PTB) o que causou um inicio de tumulto na casa.
Gilson ameaçou deixar a sessão e botou mais fogo na discussão. Após a mesa diretora permitir a fala do vereador Zé Raimundo (PTB) que exigiu respeito aos parlamentares por parte dos presentes no plenário, Gilson Pereira foi à tribuna a desabafou. O parlamentar criticou a mesa e o presidente que num primeiro momento o impediu de falar. A pressão foi tanta, que segundo relato do jornalista Giovanni Sá presente no local, a vereadora Peinha de Tião (PR) foi vista chorando na hora dos trabalhos. A vereadora foi citada pela imprensa local durante todos esses dias que antecederam a votação, como sendo o fiel da balança.
Cogitava-se ainda pela manhã que ela votaria a favor das contas do prefeito. Porém em uma reunião na própria Câmara de Vereadores, Peinha teria revelado que votaria favorável ao parecer do TCE, ou seja, pela reprovação das contas de Carlos Evandro. Apesar da votação não ter acontecido, era dada como certa a derrota do prefeito. Carlos Evandro teria seis votos favoráveis, mais precisaria de sete para aprovar as contas. O adiamento deu uma sobrevida ao prefeito que terá mais tempo para conversar com os vereadores.
Fonte e foto: Portal do Sertão
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