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Santa Cruz do Capibaribe pode ter fim de ano melhor do que em 2010, mesmo num período de dificuldade



O setor de varejo do município de Santa Cruz do Capibaribe espera um crescimento maior nas vendas em relação ao ano passado. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa (Cepesq) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE).

Realizada em convênio com o SEBRAE, a pesquisa contou com o apoio da Câmara dos Dirigentes Logistas (CDL) de Santa Cruz do Capibaribe e do SENAI. Ao todo, foram entrevistadas 1321 pessoas, das quais 227 eram empresários e gerentes do comércio tradicional (comércio de rua), 384 eram empreendedores do Moda Center, 382 eram consumidoras do comércio tradicional e 328 compravam no Moda Center.

“Este enorme esforço de pesquisa faz parte do acompanhamento sistemático da área, mas também foi motivado pelas dificuldades enfrentadas pelo varejo de Santa Cruz do Capibaribe, em razão deste ter tido sua imagem arranhada por acontecimentos recentes”, explica Josias Albuquerque, presidente do Sistema Fecomércio/Senac/Sesc.

Os empresários do comércio tradicional têm razão em esperar vendas menores este ano do que no ano passado. Devido à desaceleração da economia este ano houve mudança na intenção de compra dos consumidores locais, tal como vem acontecendo em outras áreas pesquisadas pela Fecomércio-PE. Os consumidores este ano estão menos dispostos a comprar do que em 2010, embora ainda seja alta a disposição parar gastar. Quase 65% dos pesquisados pretendem fazer compras neste fim de ano, contra cerca de 70% que compraram no ano passado. A redução do consumo deve ocorrer fortemente na classe C, que vinha se constituindo em um esteio da demanda.

O gasto médio por consumidor deverá subir de R$869,23 em 2010 para R$913,77, um aumento percentual menor do que a inflação de 6,5% esperada para o período. Em termos reais, deve-se esperar, do ponto de vista dos consumidores, um recuo de cerca de 10% nas vendas do comércio tradicional, valor coincidente ao que foi estimado pelas empresas.

No comércio tradicional as expectativas predominantes são de que as vendas serão menores que no ano passado, um resultado que é coerente com os levantados em outras cidades do Estado. Trata-se de um desempenho esperado em vista que no final de 2010 a economia apresentava forte crescimento, enquanto que no fim deste ano se registra uma desaceleração da atividade econômica. Com base nos dados levantados na pesquisa foi estimada uma redução de 10% nas vendas.

Chama a atenção os resultados obtidos no Moda Center. “Aquele que deveria ser o grande prejudicado com o arranhão na imagem do pólo de confecções do agreste pernambucano tem uma visão muito otimista das vendas de fim de ano, com mais de 55% dos empresários acreditando em faturamento maior, contra 35,5% que admitem queda”, completa Josias Albuquerque. Segundo a metodologia da Fecomércio-PE, estima-se um aumento no entorno de 8,5% nas vendas do Moda Center este ano, um número que supera a inflação de cerca de 6,5% esperada para o final deste ano.

EXPECTATIVA 2012 - Embora as expectativas dos empresários do comércio tradicional e do Moda Center divirjam em relação ao desempenho no fim do ano, elas são convergentes em relação ao que esperam para o ano de 2012. Em ambas as áreas é maior que 85% o percentual dos que projetam vendas maiores que em 2011. Os números obtidos indicam que é esperada uma situação muito melhor do que a verificada este ano.

CONSUMIDORES E COMPRADORES - Os dados obtidos junto aos compradores do Moda Center dão sustentação às expectativas positivas dos empresários. Para este ano o gasto médio deverá se aproximar de R$11.400,00 um valor bem acima dos R$6.500,00 registrados em 2010. Este grande aumento no valor médio das compras provem do comportamento daqueles que compram para revenda, que pretendem praticamente duplicar seu gasto médio este ano, uma indicação de que o Moda Center poderá estar atraindo compradores de maior porte do que no ano passado. Já os que compram para consumo próprio ou da família deverão seguir a tendência de queda verificada no comércio tradicional, diminuindo seu gasto médio.

Fonte: Fecomercio

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