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Servidores Municipais da Prefeitura da Cidade do Recife escrevem carta a população sobre a DesAssistência Social na cidade


Recebi da amiga Laurisabel ( assistente social) a carta aberta dos servidores da secretaria de assistência da cidade do Recife que trata da DesAssistência Social que impera na cidade.Vejam na íntegra.

Carta dos Servidores Municipais da Assistência Social aberta à população

A política de assistência social em Recife sofre com a total falta de prioridade política e administrativa por parte da Prefeitura do Recife através da Secretaria de Assistência Social deixando, dessa forma, a população quase que totalmente desassistida. Esta política sofre de um processo de invisibilidade.

Legitimada como política pública desde 2004, a Assistência Social ainda está longe de ser implementada com o mesmo status e importância de outras políticas públicas no município.
Apesar da gestão atual sempre mencionar que o social é sua prioridade, isso não se evidencia no cotidiano de sua administração.

A precariedade na Assistência Social no Recife vem desde a gestão anterior, na qual iniciou os serviços descritos pela Política Nacional de Assistência Social. Desde 2007, os servidores públicos manifestam sua indignação com a gestão municipal quanto à falta de responsabilidade e compromisso com a população que necessita dos serviços da assistência social.

Nesta gestão são evidenciadas diversas debilidades, dentre essas se destaca o número reduzido de Centros de Assistência Social (CRAS) e a não prioridade no município em estruturar esses equipamentos. Recentemente o Ministério Público abriu um inquérito para averiguar a situação dos CRAS e cobrar uma resposta da gestão municipal para a efetivação da política. Esses centros não existem na prática, pois dos 12 (doze) implementados no município apenas 03 (três) funcionam com local adequado para atendimento e, ainda mais para se ter uma idéia do caos, existe CRAS sem Assistente Social e Psicólogo funcionando apenas com auxiliares administrativos.

Há um déficit de profissionais para atender a população e não há outra desculpa para isso a não ser a falta de vontade do prefeito para repor o quadro funcional e convocar os aprovados no concurso de 2007, que ainda está vigente e seu prazo de validade é até dezembro deste ano.

Enquanto isso os serviços são insuficientes para atender a demanda, e os poucos profissionais da Assistência Social estão sendo alocados para cobrir os abrigos com as pessoas atingidas pelas chuvas.
Alem disso, não é a toa que adolescentes e crianças estão às ruas ou se envolvendo mais cedo na criminalidade e no trafico de drogas, pois o PROJOVEM Adolescente é quase inexistente e o Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (PETI) é inoperante.

Contudo nos parece que prioridade para a gestão municipal está apenas na fala e em participação de eventos, pois nada se evidencia no dia a dia de uma política tão importante para uma cidade com altos índices de violência e desigualdade.

Fonte: Acerto de Contas

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