A eletrônica Philips, grande empresa europeia fabricante de televisores, anunciou nesta segunda-feira (18) que abandonará a atividade, em consequência da competição das concorrentes asiáticas.
"Os concorrentes vendem a preço de saldo seus televisores e destruíram por completo o mercado", explica à AFP Sjoerd Ummels, analista da ING.
O grupo holandês enfrenta a japonesa Sony e, sobretudo, as sul-coreanas Samsung Electronics e LG Electronics, que reduziram os preços de seus aparelhos graças a um modelo de produção de alto rendimento, beneficiado por uma moeda nacional debilitada.
"Nos últimos 10 anos, a Philips perdeu uma importante parcela de mercado, passando de mais de 10% a entre 5 e 6%", destaca o analista de ING.
A venda de TVs Philips, fabricadas no Brasil, Argentina e Hungria, representavam em 2005 um total de 25% do volume de negócios do grupo, contra apenas 13% em 2010.
A atividade de produção de aparelhos de televisão passar a partir do fim de 2011 a uma coempresa, na qual a Philips conservará participação da 30%. A parte restante será vendida à TPV Technology, especializada em telas de LCD e computadores com sede em Hong Kong.
O preço de venda dos 70% será calculado em função do resultado operacional anual médio do setor em um período de pelo menos três anos a partir de 2012.
As televisões produzidas pela coempresa usarão a marca "Philips" durante pelo menos cinco anos, em troca do pagamento de royalties.
A coempresa não poderá vender aparelhos na China, Índia, Estados Unidos, Canadá, México e alguns países da América do Sul que o grupo não quis revelar, já que fechou acordos que permitem a outros fabricantes utilizar a marca "Philips".
O grupo holandês, que tem 117.000 funcionários, dos quais 3.500 no setor de TVs.
Amannda Oliveira
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