Enquanto o mundo assisti estarrecido as imagens do que sobrou do Haiti após um terremoto, a pastoral da criança no Brasil chora a morte de sua fundadora Zilda Arns Neumann.
Nascida em Foquilinha em 25 de agosto de 1934, tudo o que ela queria era ser missionária, até perceber que boa parte das famílias carentes eram também doentes.
Então se formou em medicina, aprofundando-se em saúde pública, visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência na sua vida familiar e comunitária.
Em 1983, James Grant, na época diretor-executivo do UNICEF (Fundo nas Nações Unidas para a Infância), propôs ao seu irmão, Dom Evaristo Arns, que a igreja católica contribuísse para a diminuição da mortalidade infantil pela difusão do soro caseiro. Dom Paulo pediu que ela escrevesse um projeto para apresentar a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). Nascia a Pastoral da Criança.
Zilda tinha a missão que parecia quase impossível de diminuir o sofrimento da infância no Brasil e com o seu amor e doação de vida ela ajudou a milhares de famílias pobres.
Em 2004, passou a coordenar também a Pastoral da Pessoa Idosa que já atende a mais de 100.00 idosos que são acompanhados mensalmente pro mais de 12.000 voluntários.
A médica pediatra e missionária estava no Haiti em missão humanitária onde falava para cerca de 150 pessoas quando faleceu vítima de um forte terremoto que devastou o país.
Que o exemplo e o amor de Zilda Arns mostre a cada um de nós que sempre é possível fazer algo mesmo que devagar e que a Pastoral da Criança hoje órfã de mãe continue a caminhar pelas vielas, ruas e terras deste país ajudando a milhares e milhares de crianças carentes como vem fazendo todos estes anos.
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